"Constante estado de depressão" tira Jon Stewart do "Daily Show"

O apresentador revelou as razões que o levaram a decidir abandonar o programa da Comedy Central. A "insatisfação" e a falta de vontade de voltar a cobrir eleições são duas das justificações.
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Desde fevereiro, altura em que anunciou a sua saída do programa que conduz desde 1999, que o apresentador nunca revelou o que o levou a tomar a decisão de deixar o The Daily Show. As razões tornaram-se conhecidas agora, com uma entrevista de Jon Stewart ao The Guardian. "Vivo num constante estado de depressão", justificou o norte-americano, que abandona o formato do Comedy Central no final do ano, época em que terminará também o seu contrato com o canal.

"Não é que eu tenha pensado que o programa já não estava a funcionar ou sequer que não sabia fazê-lo. Foi mais "sim, está a funcionar. Mas eu não estou a ter a mesma satisfação"", disse o apresentador ao jornal britânico sobre aquele que chegou a apelidar de "o trabalho mais perfeito do mundo". "Estas coisas são cíclicas. Há momentos de insatisfação, dos quais acabamos por sair e parece que fica tudo bem. Mas esses ciclos tornam-se maiores e, talvez, mais enraizados", prosseguiu o apresentador, para a seguir desvalorizar a sua presença no The Daily Show, sublinhando que "o valor do programa é muito mais profundo" do que a sua contribuição para o mesmo: "Se a Oprah [Winfrey] pode sair e o mundo continua a rodar, honestamente acho que o programa vai sobreviver sem mim."

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